13 E, quando vocês forem tentados, não digam: “Esta tentação vem de Deus”, pois Deus nunca é tentado a fazer o mal, e ele mesmo nunca tenta alguém.
14 A tentação vem de nossos próprios desejos, que nos seduzem e nos arrastam.
Tiago 1.13-14
Tiago escrevendo aos crentes do primeiro século, declara de uma maneira objetiva, qual é a fonte das tentações na vida do crente: a sua própria vontade.
Eu costumo dizer, que se ao nascer todos temos um anjo da guarda, ao mesmo tempo, temos também uma tentação encomendada sob medida para nós, a qual irá nos fascinar, nos enredar, nos trair e por fim nos levar a morte. Se nós cedermos a ela.
Mas como resistir?
Se somos tentados pelos nossos próprios desejos e vontades, se é algo que está dentro de nós, ou seja que faz parte de nós, como podemos dizer não?
Na Bíblia que é a Palavra de Deus encontramos diversos relatos de homens e mulheres que foram tentados, uns resistindo as tentações e outros se rendendo as tentações.
Talvez o relato mais conhecido de alguém que resistiu a tentação foi o do nosso Senhor Jesus Cristo no deserto, onde por três vezes foi tentado por Satanás e três vezes repeliu a tentação com o Está Escrito. Você encontra este relato em Mateus 4.1-11.
E o relato mais conhecido de alguém que se rendeu a tentação com certeza se encontra em Genesis 3, onde nos é revelada a queda do homem.
A diferença entre estes dois relatos é muito clara, de um lado temos Jesus Cristo confiando e obedecendo a Palavra, do outro temos Adão e Eva desconfiando e por fim desobedecendo a Palavra. Destas duas histórias podemos tirar duas lições importantes:
- Precisamos conhecer a Palavra de Deus;
- Precisamos confiar na Palavra de Deus;
- Precisamos praticar a Palavra de Deus;
Mas não somente estas, no livro Patriarcas e Profetas, a escritora Ellen White ao relatar o pecado de Moisés ao ferir a rocha em Cades (Números 20), nos apresenta outras práticas necessárias para resistirmos as tentações:
- Cultivar a paciência;
- Cultivar a humildade;
- Cultivar o domínio próprio;
- Sempre dar glória a Deus;
- Sempre pedir a direção do Espírito Santo em nossas decisões;
- Sempre pedir que o Espírito Santo dirija os nossos pensamentos;
Ela finaliza seu comentário com o seguinte texto:
A tentação mais forte não pode justificar o pecado. Por maior que seja a pressão exercida sobre a alma, a transgressão é o nosso próprio ato. Não está no poder da Terra nem do inferno compelir alguém a fazer o mal. Satanás ataca–nos em nossos pontos fracos, mas não é caso de sermos vencidos.
Por mais severo e inesperado que seja o ataque, Deus nos proveu auxílio e em sua força podemos vencer.
Patriarcas e Profetas, p. 421
Perceba o que é dito: “Deus nos proveu auxílio e em sua força podemos vencer”. Não somos nós que vencemos, mas Deus é quem vence por nós.
A nossa parte se cumpre em permitir que a vontade de obedecer a Deus seja maior do que satisfazer o nosso próprio desejo, clamar por auxílio divino e crer que ele será concedido. Somente desta maneira é possível resistir as tentações e sairmos vitoriosos.
7 Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.
Tiago 4.7