Princípios de Oração – Parte I

Não há dúvidas de que a oração é um princípio importante na vida espiritual de todo Cristão, ela faz parte de nossa Adoração.

No entanto, muitas vezes essa atividade é utilizada equivocadamente como um sistema do qual podemos fazer uso para receber bênçãos, bens, milagres, ou então como amuleto de proteção, mas na verdade a Oração tem um objetivo muito mais profundo do que estes e envolve relacionamento com Deus.

A Oração é a forma mais intima  de adoração para com Deus, este é um privilégio que nos foi concedido pelo próprio Deus, para que pudéssemos nos achegar a Ele mostrando quem realmente somos e abrindo o coração, como se estivéssemos abrindo-o a um amigo especial, pudéssemos estar em sua presença.

Você já pensou a respeito deste assunto com profundidade? Você tem a oportunidade de ter uma linha direta, com o Deus Criador e Mantenedor de todo o universo.

Uma linha direta, sem espera e sem caixa-postal.

Com toda certeza posso afirmar que se hoje você tentasse falar  de imediato com as principais autoridades do local onde você vive, certamente você não teria êxito – a não ser que você as conheça pessoalmente, ainda correndo o risco de não ser atendido de imediato – no entanto você pode falar com Deus, e Ele irá te escutar no mesmo momento.

Ellen White escreveu a respeito da oração definindo-a como:

A Oração é o abrir o coração a Deus como um amigo. Não que seja necessário a fim de tornar conhecido a Deus o que somos, mas sim, para nos habilitar a recebe-Lo. A Oração não faz Deus baixar a nós, mas eleva-nos a Ele.
Ellen G. White, Caminho a Cristo p. 59

Em uma outra citação, o Pastor Joseph Kidder define que:

A Oração glorifica a Deus, porque demonstra total dependência de seus filhos em relação a Ele.
– S. Joseph Kidder, Adoração Autêntica

Perceba que a oração envolve duas posturas que devemos ter:

  1. Comunhão, intimidade com Deus – pois somente assim podemos abrir o nosso coração.
  2. Humildade, dependência de Deus – pois somente assim podemos glorificá-Lo e pedir por auxílio.

Estas duas posturas são fundamentais para uma vida de oração ativa e eficaz, reconhecer quem somos e reconhecer quem Deus é.

Orarmos a ponto de contar tudo o que se passa em nossa vida, frustrações, anseios, planos, fraquezas, necessidades, exige que conheçamos muito bem a quem iremos nos dirigir, afinal de contas não falamos a respeito disso com qualquer pessoa, ou com pessoas que vemos uma vez ou outra.

Nos dirigir pedindo a ajuda, o auxílio, a proteção de alguém, implica em reconhecer que este alguém é maior do que você, tem mais poder do  que você, é mais forte do que você, logo é necessário deixar o orgulho de lado e se submeter a esta pessoa, reconhecendo a sua autoridade.

Esse relacionamento de mão-dupla – nós oramos, Deus responde – exige que assumamos uma postura que por muitas vezes pode ser difícil para nós. Quantos estão prontos para agir com humildade, para reconhecer que precisam de ajuda, que sozinhos não vão conseguir ir muito longe, mais que isso, quantos estão dispostos a ouvir o que Deus tem a dizer a respeito das nossas orações?

Se não estivermos dispostos a mudar a nossa atitude e postura para com relação a Deus em nossas Orações, estaremos dispostos a receber as respostas dEle independente de nossa vontade?

Como temos nos relacionado com Deus através da Oração? Nos achegamos a Deus como amigos que se conhecem de longa data, ou nos achegamos com receio, pois O não conhecemos a ponto de contar tudo o que gostaríamos.

Temos nos achegado humildemente, consciente de quem somos? Ou temos orado de maneira displicente, automática, repetitiva, sem levar em conta de que estamos diante de um Deus Santo, Vivo e relacional.

Jesus Cristo nos faz um convite hoje:

Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.
João 6:37

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